"Nós não somos o que gostaríamos de ser. Nós não somos o que ainda iremos ser. Mas, graças a Deus, Não somos mais quem nós éramos." Martin Luther King

Não somos ainda o país que sonhamos.
Ainda estamos longe de ser o país que queremos.
Mas, com toda certeza, hoje somos um país melhor do que éramos a há oito anos.

Este blog é para quem não quer cruzar os braços e quer contribuir para deixar um Brasil
melhor do que encontrou.

Se você ainda está em dúvida entre qual modelo de governo é melhor para o país,
responda a esta pergunta: que país você quer deixar para o futuro:
Um país de todos ou apenas um país de poucos?

domingo, 31 de outubro de 2010

PRIMEIRO GOVERNADOR ELEITO É DO PT

Para abrir com chave de ouro os  resultados destas eleições, temos o primeiro governador eleito: AGNELO QUEIROZ, do Distrito Federal, do PARTIDO DOS TRABAHADORES.
Daqui a pouco teremos a confirmação da eleição de nossa primeira presidente do Brasil.
Primeira pesquisa de Boca de Urna do IBOPE: 58% DILMA - Serra 42%.

NOTÍCIAS DO BLOG DILMA 13

Olá,
Agora falta pouco; quase nada. O futuro está na ponta dos nossos dedos. Digitar 13 é começar a escrever um novo capítulo da História. É consolidar a construção deste outro Brasil que Lula e Dilma provaram ser possível. É eleger a primeira mulher presidente da República, e dizer que a esperança e o amor vencem o medo e o ódio.

Em cumprimento à legislação eleitoral, o site Dilma13 estará fora do ar a partir de zero hora de domingo, retornando no encerramento da votação. A você, que nos acompanhou neste caminho; a você, que tantas vezes nos apontou o caminho, nosso muito obrigado. Chegamos ao fim da caminhada com a certeza de que lutamos o bom combate. Agora, basta mais um passo à frente -- e o Brasil nunca mais andará para trás.

Aproveite para acompanhar as matérias postadas no site, caso ainda não tenha tido a oportunidade de ler ou assistir. Sugerimos também alguns bons clipes que você encontra em nosso canal no YouTube. Para votar com alegria e confiança!
Vídeo

Divulgue aos amigos

Forte abraço,
Equipe Dilma13

O PAPA E A POLÍTICA

Já havia lido o discurso do Papa Bento XVI, aos Bispos do Maranhão, em visita ad limina apostolorum.
Muito interessante o discurso do Papa. Ele não pode deixar de cumprir sua missão de Pastor Universal, exortando o Povo de Deus, especialmente no que diz respeito à defesa da VIDA.
O Santo Padre foi muito oportuno e feliz nas suas colocações, porque o Estado Brasileiro é laico, mas seu povo é religioso, e isto precisa ser respeitado. Quando digo que o povo é religioso é porque está disposto a fazer a Vontade de Deus e não somente dizer: Senhor, Senhor..., como às vezes se pretende, de maneira especial dentro da própria Igreja.
Existem facções sociais, políticas e religiosas especializadas em fazer lavagem cerebral, deixando as pessoas sem convicções, mas com obsessões, e com a consciência invencivelmente errônea. Ficam semelhantes aos grãos de pipoca que levados ao fogo não estouram, e com mais fogo, mais duros ficam.
Tornam-se donas da “verdade”. Estão até manipulando o texto do Papa, para justificar a sede do poder. (cf. http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp) É a Vontade de Deus que nos salva e não a nossa, e sobre isto precisamos sempre nos exortar mutuamente, como diz o Apóstolo São Paulo.
Portanto, que nossa fé seja sempre vivificada pela mútua exortação. Pode ocorrer de nos esquecermos que somos todos peregrinos caminhando para a Casa do Pai, e quando lá chegarmos, poderemos ouvir de Jesus o seguinte: “Afastai-vos de mim, vos que praticastes a injustiça, a maldade” (Lc13,27). Creio que ninguém vai querer ouvir isto naquela hora. Seu passaporte está em dia? Pode ter certeza de que a eternidade existe... Assim, busquemos alimentar nossa fé, sem esquecer, como diz o Papa, que ela deve implicar na política.
A fé sem obras é morta, diz a Escritura Sagrada. E uma das obras que deve provir da fé, é o nosso voto consciente em pessoas que vão governar para o bem comum, respeitando a vida em todas as suas etapas e dimensões. No mesmo dia em que li o discurso do Papa, assistindo ao telejornal, à noite, escutei o pronunciamento da candidata e do candidato à presidência do Brasil a respeito do discurso do Papa.
Ambos concordaram com as Palavras do Papa, dizendo que é missão dele exortar para uma vida coerente com os valores da fé e da moral, e que as palavras do Papa valem para todas as pessoas de fé, no mundo inteiro.
O Papa falou, também, que o voto deve estar a serviço da construção de uma sociedade justa e fraterna, defensora vida. Como Bispo da Igreja Católica, e como cidadão brasileiro, fico feliz por saber que nosso Presidente tem defendido a vida, e sempre se pronunciou contra o aborto. Nesses últimos anos o Brasil tem crescido e melhorado em todos os aspectos, de maneira especial no respeito à vida e a valorização da dignidade humana.
Esta é a Vontade de Deus! E as pessoas, em plena posse de suas faculdades mentais, vão reconhecer esta verdade. Nosso país está em pleno desenvolvimento e assim queremos continuar e, depois de 500 anos, nosso povo quer eleger, pela primeira vez, uma mulher que tem compromisso com a vida e provou isso com sua própria vida. Como? Ela não fugiu para o exterior durante a ditadura, mas a enfrentou com garra e, por isso, foi presa e torturada.
Ela queria um país livre, e que todas as pessoas pudessem viver sem medo de serem felizes, vencendo a mentira e o ódio com a verdade e o amor, servindo aos ideais de liberdade e justiça, com sua própria vida. Disse Jesus: “Ninguém tem maior amor do aquele que dá a própria vida pelos irmãos” (Jo 15,13).
Obrigado Santo Padre por suas sábias palavras!
A Dilma é a resposta para as nossas inquietações a respeito da vida. Quem sofreu nos porões da ditadura, não mata. Mas teve gente que matou a vida no seu ventre para fugir da ditadura, e portanto não deveria se comportar como os fariseus, que jogam pedras, sabendo-se pecadores.
E Jesus disse: “Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, e quem entregar sua vida por causa de mim, vai salvá-la”(Mt 10,39)
Vamos fazer o nosso Brasil avançar ainda mais, com Dilma, que já provou ser coerente, competente e comprometida com a VIDA.
O dragão devastador não pode voltar ao poder.
Deus abençoe os leitores e eleitores, governos e governados.
Saúde e paz a todos (as)! Tudo o que você me desejar, eu lhe desejo cem vezes mais.

Obrigado.
Caçador, 28 de outubro de 2010
Dom Luiz Carlos Eccel
Bispo Diocesano de Caçador

CHEGOU A HORA BRASIL

"POR MAIS ALTO QUE VOE UM TUCANO JAMAIS ALCANÇARÁ A ESTRELA"

Chegou a hora Brasil, que a gente tanto esperou durante todo este período eleitoral. A mudança vai continuar. Vamos ter a primeira mulher presidente do Brasil. Que vai governar com a sabedoria e o coração de uma mãe. É só você querer, que amanhã assim será: AGORA É DILMA!
A cor do nosso batuque tem o toque tem o tom da nossa voz: vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhão..Meu coração é vermelho
 De vermelho vive o coração, Tudo é garantido Após a rosa vermelhar, Tudo é garantido Após o sol vermelhecer...Vermelhou o curral. A ideologia do folcloreAvermelhou!Vermelhou a paixão,O fogo de artifício Da vitória vermelhou.
Vamos encher o país com a nossa cor e com a nossa alegria. Vamos ver a nossa estrela continuar a brilhar!

DILMA É 13! EU QUERO A MULHER GOVERNANDO! 
PERNAMBUCO É 13, PRO BRASIL SEGUIR MUDANDO!

ATÉ O MARCO TREZE, PARA COMEMORARMOS A NOSA VITÓRIA! LEMBRE-SE: SÓ DEPENDE DE VOCÊ....

LULA E DILMA

O sol está claro
E a sombra nítida
Agora é possível escalar a Vida

As palavras estão limpas
E a verdade clara
Agora é possível encontrar a Alma

( Mas há os que reclamam da lua
  Porque se acostumaram à noite escura
  E há os que odeiam a folia
  Com medo da alegria )

O dia nasceu
O sol é nosso

( Mas há os que se habituaram às suas ausências
  Com medo do Poder da Presença )

A felicidade chegou
A paz é possível
E porque tudo caminha
E o sonho vive

( Eles não podem mais recitar
  seus poemas tristes )

E porque a hora é esta
Todo mundo vai pra Festa ! ...

    Janice Japiassu - Recife, 24-10-2010

HOJE É DIA DE FAZER HISTÓRIA

O Brasil vai fazer história neste domingo. Milhões de eleitores e eleitoras vão escolher entre dois projetos de país.

De um lado, o país do passado, de recessão, desemprego e exclusão social, representado pelo nosso adversário. De outro lado, o país que está dando certo, com o povo vivendo melhor, com mais comida na mesa, maior poder de consumo e mais oportunidades na vida, com emprego e salários em alta, e com a mais ampla democracia: o país de Lula e Dilma.

Dilma é a garantia de que o Brasil seguirá mudando para melhor, dando continuidade ao trabalho iniciado por Lula, cujo governo é ótimo ou bom para 83% da população.

A militância dos partidos da Coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" está mobilizada e confiante no sucesso do nosso projeto e da nossa candidata. E assim deve ficar até a apuração do último voto: firme, preparada, vigilante e pronta para vencer mais este desafio.

Fique atento a quaisquer irregularidades que porventura tenha conhecimento de agora até domingo. Seja mais um fiscal do voto livre que vai levar a primeira mulher à Presidência da República do Brasil. Abaixo, listas dos advogados e da fiscalização eleitoral nos Estados.
Equipe Dilma13

sábado, 30 de outubro de 2010

CONSELHO DE UM SERRISTA

Decididamente não temos tido sorte ao encontrar serristas. Pelo menos, desta vez, não fomos agredidos como da outra vez, onde exalando raiva e rancor, cercaram o nosso carro gritando.
Saímos de casa com nossas bandeiras e os jingles tocando. Ao pararmos no sinal fomos abordados por um motoqueiro, com um adesivo colado no capacete. Parado, junto à janela do carro, falou: "Cuidado com o voto! Da última vez que Deus deu corda a uma mulher a gente se ferrou. Está no Gênesis. Quando for votar lembre-se de Eva e do que ela fez." Ficamos de boca aberta, pegos de surpresa, sem saber o que dizer, diante de tamanha arbitrariedade. 
Da mesma forma que parou ao nosso lado o motoqueiro foi embora, tranquilamente, como se houvesse dado o conselho mais sábio do mundo.
O que foi isso? Perguntei ao meu marido. Ele respondeu: desespero, desespero.
Podia ser mais machista?

LEONARDO BOFF, ABORTO E O PAPA: "É IMPORTANTE NÃO SERMOS VÍTIMAS DE HIPOCRISIA".

por Leonardo Boff, no informativo Rede de Cristãos
 
É importante que na intervenção do Papa na política interna do Brasil acerca do tema do aborto, tenhamos presente este fato para não sermos vítimas de hipocrisia: nos catolicíssimos países como Portugal, Espanha, Bélgica, e na Itália dos Papas já se fez a descriminalização do aborto (Cada um pode entrar no Google e constatar isso). Todos os apelos dos Papas em contra,  não modificaram a opinião da população quando se fez um plebiscito. Ela viu bem: não se trata  apenas do aspecto moral,  a ser sempre considerado (somos contra o aborto), mas deve-se atender também a seu aspecto de saúde pública. No Brasil a cada dois dias morre uma mulher por abortos mal feitos , como foi publicado recentemente em O Globo na primeira página. Diante de tal fato devemos chamar a polícia ou chamar o médico? O espírito humanitário e a compaixão nos obriga a chamar o médico até para não sermos acusados de crime de omissão de socorro.
Curiosamente, a descriminalização do aborto nestes países fez com que o número de abortos diminuisse consideravelmente.
O organismo da ONU que cuida das Populações demonstrou há anos que quando as mulheres são educadas e conscientizadas, elas regulam a maternidade e o número de abortos cai enormente. Portanto, o dever do Estado e da sociedade é educar e conscientizar e não simplesmente condenar as mulheres que, sob pressões de toda ordem, praticam o aborto. É impiedade impor sofrimento a quem já sofre.
Vale lembrar que o canon 1398 condena com a excomunhão automática quem pratica o aborto e cria as condições para que seja feito. Ora, foi sob FHC  e sendo ministro da saude José Serra que foi introduzido o aborto na legislação, nas duas condições previstas em lei: em caso de estupro ou de risco de morte da mãe. Se alguém é fundamentalista e aplica este canon, tanto  Serra quanto  Fernando Henrique estariam excomungados. E Serra nem poderia ter comungado em Aparecida como ostensivamente o fez. Mas pessoalmene não o faria por achar esse cânon excessivamente rigoroso.
Mas Dom José Sobrinho, arcebispo do Recife o fez.  Canonista e extremamente conservador, há dois anos atrás, quando se tratou de praticar aborto numa menina de 9 anos, engravidada pelo pai e que de forma nenhuma poderia dar a luz ao feto, por não ter os orgãos todos preparados, apelou para este canon 1398 e excomungou os medicos e todos os que participaram do ato. O Brasil ficou escandalizado por tanta insensibilidade e desumanidade. O Vaticano num artigo do Osservatore Romano criticou a atitude nada pastoral deste Arcebispo.
É bom que mantenhamos o espírito crítico face a esta inoportuna intervenção do Papa na política brasileira fazendo-se cabo eleitoral dos grupos mais conservadores. Mas o povo mais consciente tem, neste momento, dificuldade em aceitar a autoridade moral de um Papa que durante anos, como Cardeal, ocultou o  crime de pedofilia de padres e de bispos.
Como cristãos escutaremos a voz do Papa, mas neste caso, em que uma eleição está em jogo, devemos recordar que o Estado brasileiro é laico e pluralista. Tanto o Vaticano e o Governo devem respeitar os termos do tratado que foi firmado recentemente onde se respeitam as autonomias e se enfatiza a não intervenção na política interna do pais, seja na do Vaticano seja na do Brasil.
 
Um abraço fraterno
Leonardo Boff

REFLEXÕES SOBRE O MOMENTO POLÍTICO

por  Pablo Ghetti 

Peço desculpas por escrever e-mail coletivo, mas, diante da gravidade da situação política atual, permito-me compartilhar reflexões políticas que podem informar escolhas difíceis e o exercício responsável do voto. Lembro que escrevo esse texto enquanto cidadão, em caráter pessoal, sem qualquer envolvimento do Itamaraty, onde trabalho. 
Desde seu início, mantive posição crítica ao governo do presidente Lula. Não me parece que essa experiência de poder tenha enfrentado diretamente, ou em tempo hábil, alguns sérios problemas que assolam a sociedade brasileira, como a política fisiológica, o oligopólio dos meios de comunicação de massa, os riscos ao caráter laico do Estado e os entraves estruturais à inovação e à ciência de qualidade. Passando ao largo desses temas, certamente polêmicos, e que merecem debate intenso no Congresso e fora dele, ou retraindo-se diante das reações negativas, o governo perdeu a oportunidade de constituir uma maioria real, calcada em maior conscientização e sensibilização da opinião pública e da sociedade civil e, portanto, capaz de defender seus méritos.
Apesar de todas as dificuldades, não tenho dúvidas de que a aliança que governa o Brasil representa grandes avanços que a diferenciam substancialmente de governos anteriores. A ascensão de Lula não foi apenas um símbolo de superação e amadurecimento político. Mais do que isso, seu governo foi marcado por compromissos sociais e por apostas democráticas no potencial do Brasil cujos precedentes são raros e insipientes. Em quadro de perplexidade em relação a modelos de sociedade aptos a transformar o Brasil, o governo compreendeu a correlação de forças do mundo contemporâneo e soube ser pragmático ao conciliar objetivos conceitualmente contraditórios, conforme esquemas aceitos até então, como combate à inflação e rápido desenvolvimento econômico, emprego com proteção social e aumento do mercado de trabalho, modelo exportador de commodities e expansão do mercado de consumo interno.
Proponho, finalmente, discutir dois temas que conheço bem: Defesa da Democracia e Política Externa (fiz mestrado e doutorado em teoria da democracia e trabalho agora com política externa, como diplomata), e que marcam a distância entre o período 2003-2010 e aquele imediatamente anterior. Essa comparação é fundamental porque José Serra esteve na linha de frente do governo tucano, enquanto Dilma Rousseff ocupou postos-chave no governo liderado pelo PT.

Defesa da Democracia

Parte significativa da imprensa e a oposição têm feito severas críticas ao que consideram ameaça à democracia no governo Lula. O argumento desse tipo sugere que a candidata Dilma constituiria risco ainda maior, em razão de seu “estilo” autoritário. Vale lembrar que Lula não hesitou em rechaçar os boatos de terceiro mandato, o que seria uma tentação óbvia, dada a ausência de sucessores naturais e dada sua extraordinária popularidade pessoal. Dilma, por seu turno, deu provas de compromisso com a democracia, de luta contra a ditadura, tendo coordenado ações do governo que não se cansam de procurar ouvir a sociedade em diversos fóruns, conselhos e conferências, cujo propósito é fazer com que as políticas públicas sejam mais que jogadas de marketing ou decisões de um líder incontestável. Tive oportunidade de ver isso ocorrer nas áreas de educação e de segurança alimentar e nutricional, em que se percebe um diálogo legítimo entre governo e movimentos sociais, que reconhecem seus papéis distintos, mas compartilham códigos discursivos e referenciais comuns, em poucas palavras: “falam a mesma língua”.
Ressalte-se que o histórico do PSDB e de seus aliados é bastante questionável nessa área. Em fins 1993 e 1994, ocorreu no Brasil um processo de revisão constitucional, previsto pela Constituição de 1988. Naquela época havia grande expectativa de que o Partido dos Trabalhadores seria vitorioso nas eleições presidenciais de 1994. E não foi por acaso que a maioria governista modificou o mandato presidencial de cinco para quatro anos, sem possibilidade de re-eleição, por meio da Emenda Constitucional de Revisão no. 5, de 7 de junho de 1994. Esse casuísmo gritante, às vésperas da eleição, não foi caso isolado. A Emenda Constitucional nº 16, que aprovou a re-eleição para os cargos do executivo brasileiro, beneficiando diretamente o Presidente Fernando Henrique Cardoso, data de 4 de junho de 1997, apenas um ano e poucos meses antes do escrutínio de 1998. Mais recentemente, José Serra, enquanto pré-candidato e depois candidato à Presidência da República, defendeu explicitamente o fim da re-eleição, em óbvia tentativa de sinalizar apoio ao projeto de Aécio Neves para 2014 e viabilizar maior coesão do PSDB nas eleições de 2010. Não me parece tratar-se de modo republicano de lidar com as instituições democráticas.
Penso a questão da re-eleição em sua dimensão política de mudança intempestiva e casuística das regras do jogo democrático. As muitas alegações de corrupção e compra de votos no Parlamento, dominado pela aliança PSDB-PFL (esse último, o nome antigo do Democratas), deveriam ter sido mais bem investigadas. No entanto, não acredito em paladinos da moralidade; não são úteis à democracia, pois reduzem instituições e procedimentos à vontade dos “homens de bem”. A corrupção não é novidade em nenhuma democracia (alguns defendem mesmo que a corrupção seja constitutiva da democracia, na medida em que valores tradicionais se esgarçam e se perdem referenciais de ética em sociedades modernas e complexas); o que importa é fortalecer os mecanismos pelos quais uma nova ética pública, ainda que sempre precária, seja constituída, informada por instituições abertas à crítica e à possibilidade de reformas. É preciso analisar como funcionaram as instituições capazes de investigar e punir crimes e irregularidades e defender a Constituição.
A Polícia Federal (especialmente sob o comando de Márcio Thomaz Bastos, então Ministro da Justiça, e o Ministério Público Federal, e seus procuradores-gerais escolhidos pela própria instituição, têm dado mostras de isenção e grande ativismo nos últimos anos, o que contrasta com a lentidão e os constantes arquivamentos no Ministério Público sob a égide de Geraldo Brindeiro. A primeira votação feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República para formar a lista tríplice ocorreu em 2001. Os mais votados foram os subprocuradores-gerais Antonio Fernando de Souza, Cláudio Fonteles e Ela Wiecko Volkmer de Castilho. O presidente Fernando Henrique Cardoso recusou os nomes. FHC preferiu reconduzir, pela quarta vez, Geraldo Brindeiro ao cargo de procurador-geral. À época, Brindeiro ganhou o apelido de “engavetador-geral da República”. O presidente Lula, apesar de não ser obrigado a seguir a lista da ANPR, prestigia desde 2003 os indicados pela instituição.
Vale lembrar que o governo FHC contou com ampla maioria no Congresso Nacional, podendo valer-se de inúmeras reformas constitucionais, do instrumento das medidas provisórias, coibido apenas em 2001, e vencendo as eleições, ambas as vezes, já no primeiro turno. Mas a grande imprensa brasileira não considerou nada disso um risco à democracia. Ora, sempre haverá riscos à democracia, e a sociedade deve estar em constante alerta, porém tais riscos não podem imobilizar a ação política, nem impedir a discussão de temas polêmicos.
Costuma-se falar, nesse sentido, que o governo Lula cerceia a liberdade de imprensa ou que tenta controlar os meios de comunicação social de massa. Na verdade, o governo enfrenta muitas resistências ao tentar aprofundar o caráter republicano e democrático de nosso sistema de comunicações. Tornou-se um tabu sequer discutir um novo marco regulatório do setor, quando o mesmo poderia ser construído de modo democrático, com o fim de tornar o acesso à informação mais amplo e sem qualquer atentado aos contratos existentes ou à liberdade de expressão. De certa forma, houve um avanço importante com a criação de empresa pública (não-estatal), sistema previsto no art. 223 de nossa Constituição. O sistema público presta contas à sociedade e não ao governo, como é o caso da Empresa Brasil de Comunicações (EBC), que segue o modelo bem-sucedido da Corporação Britânica de Difusão, a BBC, unificando e gerindo a Radiobrás e as emissoras federais já existentes sob um novo marco de controle social. Faz parte da democracia criticar a própria democracia, buscar mecanismos de seu aperfeiçoamento, assim como deve fazer parte dela a crítica a seu elemento constitutivo, a imprensa.


Política Externa


Aqui o divisor de águas é desconcertante. Com base em melhor compreensão da correlação internacional de forças e em crença permanente no potencial do Brasil, os condutores da política externa nacional enfrentaram com altivez os grandes temas que afligiam o Brasil. Foi relativizada a a fé do governo FHC em organismos multilaterais como ONU e OMC e na relação sempre preferencial com EUA e Europa, buscando-se abordagem mais pragmática que identificasse e conciliasse melhor os princípios e os interesses da sociedade brasileira. Façamos um apanhado:
A Área de Livre  Comércio das Américas (ALCA), que representaria grandes perdas para o projeto  de um Brasil e de uma América Latina soberanos e prósperos, foi exitosamente  enterrada. O governo FHC parecia inclinado a buscar algum tipo de acordo com  os EUA, que permitisse a entrada em vigor da ALCA. Os setores industriais e de  serviços teriam sido afetados de forma quase irreversível.
A Rodada Doha de  negociações da OMC encontrou a firmeza de propósitos de um grupo que  transformou a própria gramática dos arranjos políticos no âmbito daquela  organização: o G-20, que reuniu países de agricultura de subsistência e  grandes países exportadores em desenvolvimento para contra-arrestar o domínio  da pauta e das decisões que exerciam Europa e EUA.
Novas embaixadas foram  abertas ou reabertas em inúmeras capitais da África e da Ásia. Essa ênfase em  relações bilaterais com o mundo em desenvolvimento garante presença e  informação de primeira-mão em ambientes cada vez mais cruciais para o  desenvolvimento econômico mundial. Além disso, nossa capacidade de barganha  frente às potencias ocidentais, sem dúvida importantes, aumenta  consideravelmente na medida em que temos outras alternativas de comércio,  intercâmbio, cooperação e investimento. Essa política também atende à  reivindicação histórica de maior integração com a África e com a América  Latina, regiões que compartilham conosco uma identidade, uma história de  colonialismo, culturas, religiões e populações.
Novos grupos foram  criados para reinserir o Brasil no mundo de forma mais soberana e capaz de  promover os seus interesses sem idealismos estéreis:
O IBAS, articulação  internacional de Brasil, Índia e África do Sul, representa uma aposta  principista em valores democráticos comuns e também a consciência crítica  do lugar que tais nações ocupam na hierarquia de poder do mundo, bem como  a capacidade delas de lutar, conjuntamente, por sua superação.
O BRIC, grupo que  reúne Brasil, Rússia, Índia e China, busca explorar áreas de cooperação  entre grandes economias que tendem, permanecendo no rumo certo, a exercer  cada vez mais influência na economia global.
As cúpulas que  reuniram os países da América do Sul e os países árabes abriram um campo  promissor para o engajamento da sociedade brasileira, resgataram uma  importante herança constitutiva de nossa nacionalidade e inseriram o  Brasil e a América do Sul num jogo que é definidor do escopo de ação das  grandes nações.
As cúpulas que  reuniram América do Sul e África desempenharam papel semelhante e forjaram  relações que não apenas abrem mercados para o Brasil, mas, sobretudo,  contribuem para o desenvolvimento sustentável africano, interessante para  o Brasil no longo prazo, especialmente com padrão inovador de cooperação  técnica nas áreas de agricultura, energia, biocombustíveis, educação e  medicina.
O início do fim do  G-8 e sua paulatina substituição pelo G-20 financeiro, por definição mais  inclusivo, não ocorreram sem a posição convicta do Brasil de que um novo  espaço, em que tivéssemos participação integral, fosse estabelecido (no  G-8 éramos convidados, porém devíamos chegar quando os debates  fundamentais já haviam sido travados).
A União das Nações  Sul-americanas (UNASUL, de 2004)) deu expressão concreta ao desejo de  integração física e cooperação política dos povos de nosso continente.
A primeira Cúpula  dos Estados da América Latina e do Caribe (de 2009, na Costa do Sauípe,  Bahia) constituiu novo espaço de discussão valioso de um grupo de nações  que se vê em situação similar no contexto de globalização econômica e  cultural, e em posição semelhante diante da riqueza de seus vizinhos ao  norte do Rio Grande (que separa o México dos EUA).
O Brasil não se furtou  a atuar com coragem e independência no Conselho de Segurança das Nações  Unidas, acreditando na sua capacidade de negociação, no que representamos de  novo no jogo de poder tradicional e em nossa competência diplomática. No que  diz respeito à questão nuclear iraniana, o resultado foi um acordo entre  Brasil, Turquia e Irã (a Declaração de Teerã) que será lembrado sempre como  tentativa digna de evitar a guerra, ou mais propriamente, de evitar o desenho  de um caminho de sanções e reprimendas que geram radicalização de ambos os  lados e aumentam sobremaneira o risco da guerra. Por um lado, caso a guerra  ocorra, o acordo terá sido a prova de que havia uma alternativa. Por outro,  caso um acordo abrangente com o Irã seja alcançado, é inevitável que elementos  da referida Declaração sejam utilizados. E nos momentos de indefinição, como o  atual, a ação brasileira constitui exemplo de que é perfeitamente possível  discutir racionalmente com os líderes iranianos e que uma atitude de  cooperação é mais produtiva que a arrogância dos ultimatos.
É por tudo isso, e por todas as conquistas do governo Lula, que defendo a candidatura Dilma 13. A alternativa do PSDB-PFL/Democratas não pode representar a continuidade de nossas conquistas recentes, apesar de discursos falaciosos que fazem tudo parecer uma questão de gerenciamento dos atuais modelos e programas, que dependeria da experiência ou da competência dos líderes. Há diferenças de fundo, que não podem ser reduzidas sem estelionato eleitoral, e que passam por compreensões díspares do lugar do Brasil no mundo, do potencial de desenvolvimento e igualdade da sociedade brasileira e do papel do Estado em nosso espinhoso caminhar de emancipação social e econômica. Essas diferenças, por seu turno, podem refletir-se em oportunidades ou entraves para a vida digna e a autonomia de milhões de brasileiros. Aos que votaram nulo, se abstiveram, optaram por Marina, ou por outros candidatos da esquerda, faço um apelo sincero para que não deixem de fazer a escolha por um dos dois projetos conflitantes que se apresentam hoje ao Brasil.



Um abraço a cada um e bom voto,



Pablo Ghetti

O BRASIL VIVE A ENCRUZILHADA MAIS SÉRIA DESDE 64

por ALÍPIO FREIRE

Ainda que possa parecer para muitos de vocês que estou "chovendo no molhado", sinto-me no dever de repetir:
Vivemos hoje, no Brasil, encruzilhada das mais sérias desde o golpe de 64.
Não interessa muito, a esta altura, as nossas opiniões pessoais sobre os limites das políticas do Partido dos Trabalhadores; da sua política de alianças; do Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva; etc. Interessa menos ainda as nossas simpatias pessoais ou opiniões pontuais sobre a candidata Dilma Rousseff (minha candidata desde o primeiro turno).
O que escolhemos nesta eleição é simplesmente o seguinte: ou vamos com a candidata Dilma, e os seus limites, ou escolhemos o candidato da “santa” aliança Demo-Tucana, o senhor José Serra, com sua absoluta falta de limites políticos, éticos e morais.
Não adianta mais discutirmos as falcatruas com as verbas públicas levadas a cabo pelo dois blocos que hoje polarizam a disputa; tolice descobrir ou avaliar quem roubou mais, se os Sarneys ou os Henrique Cardosos; se este ou aquele dirigente petista, ou o ministro Sérgio Motta para a compra do Congresso visando o segundo mandato para o Príncipe dos Sociólogos; se os filhos deste ou daquele presidente, ou daquele governador cuja descendência praticamente monopolizou os pedágios de São Paulo privatizados pelo pai, etc. etc. etc.
Obviamente todas essas coisas estão erradas e, se nos afligem não importando qual dos lados as tenha praticado, para o bloco Demo-Tucanos, não há qualquer reação de repúdio ou censura aos seus membros que assim sempre agiram, agem e agirão: não enrubescem. Pelo contrário, providenciam apenas os Gilmar Mendes para colocar na presidência do STF. Na verdade, o Demo saqueia o país, desde antes de sermos Brasil, quando este território atendia apenas e genericamente por Pindorama, e aqui desembarcaram em 1500. Nos ancestrais do Demo está a responsabilidade de todas as mazelas que vimos herdando há tantas gerações. No Demo está a matriz da corrupção, do Estado autoritário, da escravidão, da tortura, da repressão e de todas as misérias que assolam o país e que conhecemos sobejamente.
Mas não é isto o que fundamentalmente está em jogo neste momento.
Também não está em jogo o programa econômico (macro) das duas candidaturas – na atual conjuntura internacional, e com as estratégias definidas por vários dos partidos de esquerda, essas políticas econômicas dificilmente poderiam ser outras que não as que estão na praça. No entanto, entre uma perspectiva de crescer com distribuição de renda ou com concentração de rendas, sem sombra de dúvidas, a primeira alternativa (representada pela candidatura Dilma Rousseff) é a que mais convém ao nosso povo. Chamo a atenção de alguns camaradas mais radicalizados para o seguinte: não haverá Armagedon ou Apocalipse Socialista. O povo não morrerá de fome hoje, para ressuscitar em pleno Esplendor da Aurora Socialista, quando os rios jorrarão leite e mel. Não haverá qualquer profeta Daniel do Velho Testamento, ou o São João, do Novo Testamento, capaz de prover milagre de tamanha envergadura. Isto não existe, senão nas pobres cabeças de alguns, acostumados a fazer três refeições por dia, e a não passar frio nem calor, resguardados por um conforto que deveria ser igual para todos.
Mas, muito mais que isto, o que está em jogo nesta eleição é ainda mais grave que esta escolha de programa de crescimento.
Trata-se, na verdade, de escolhermos entre uma candidata que quer e fará o possível para nos preservar do fascismo que se expande em todo o Mundo (sobretudo nos países centrais do capitalismo), ou um candidato cuja campanha e cujas declarações e estratégias apontam para um alinhamento exatamente com o fascismo.
E não se trata de figura de retórica, discurso de palanque, o que aqui escrevo.
Enquanto na Europa e nos Estados Unidos cresce a xenofobia, o ódio contra os trabalhadores imigrantes; enquanto na Itália o Congresso aprova uma lei que permite e estimula a criação de "rondas de cidadãos" (leia-se, formação de milícias paramilitares); enquanto na Suécia, a ultradireita conquista cadeiras no Parlamento; enquanto na Holanda, a ultradireita cresce no Parlamento - podendo vir a se tornar maioria; enquanto o Governo de Washington – mascarado pela melanina do seu presidente - barra o acordo Brasil-Turquia-Irã, que poderia abrir um importante canal de negociações pacíficas para aquela região que vive hoje a ameaça de invasão pelos EUA e seus aliados, tipo as que foram levadas a cabo no Iraque e no Afeganistão – ocupados até hoje, a ferro e fogo, pela democracia estadunidense; etc. etc. etc.
O senhor candidato da aliança Demo-Tucana segue a mesma linha em sua campanha.
Sim, meus camaradas e amigos: a linha de campanha do senhor José Serra é uma linha fascista. E não é necessária muita análise ou qualquer metafísica para concluirmos isto:
Quando o senhor José Serra ataca sua adversária por ter lutado bravamente na resistência contra a ditadura, o senhor José Serra não apenas tenta criminalizar a candidata Dilma Rousseff e todos os seus companheiros de lutas dos anos 1960-1970, quando os liberais – longe de se oporem à ditadura (o que só farão a partir da metade da década de 1970), serviam de sustentação àquele regime. Significa criminalizar todos os que lutam hoje por seus direitos, todos os movimentos e organizações dos trabalhadores e do povo – como, aliás, têm agido as PMs nos Estados governados pela “santa” aliança que sustenta a candidatura do senhor José Serra.
Isto é fascismo.
Quando o senhor José Serra coloca a questão do aborto e sua estigmatização, como divisor de águas entre ele e a candidata Dilma Rousseff – estamos exatamente no terreno da intolerância fascista.
Quando o senhor José Serra tenta transformar a disputa política numa guerra religiosa - estamos no terreno privilegiado do fascismo. Aliás, a este respeito, certo filósofo alemão de origem judaica, já nos advertia no século 19 sobre as guerras religiosas enquanto o mais baixo degrau da política, e suas conseqüências para a maioria do povo. Fomentar a intolerância religiosa (ou qualquer outro tipo de intolerância) é fascismo.
Quando o senhor José Serra participa de regabofes no Clube Militar e estimula os encontros entre esses que deveriam ser os guardiões da legalidade e da nossa Constituição, e os lambe-botas da grande mídia comercial que pregam, sem pejo e desabridamente, o golpe contra as nossas instituições, estamos cara a cara com o fascismo.
Quando o senhor José Serra se dirige ao Clube do Pijama, que reúne a nata do que há de pior e mais reacionário dos oficiais da Reserva (e que garantiu a ferro e fogo, à base de seqüestros de opositores, aprisionamentos em cárceres clandestinos, torturas, assassinatos e ocultação de cadáveres, os 25 anos de ditadura), ressuscitando fantasmas tipo "República Sindical" e outros jargões que serviram de mote para o golpe de 1964, o senhor José Serra se comporta como um fascista.
Quando o senhor José Serra se articula com a grande mídia comercial para divulgar todo tipo de mentiras e aleivosias  contra a candidata Dilma Rousseff e seus apoiadores, sem a menor vergonha de falsificar e publicar uma suposta ficha dos órgãos de repressão da ditadura sobre candidata Dilma Rousseff, o senhor Serra age como um fascista.
Quando o senhor José Serra conquista como apoiadores e se reúne com organizações paramilitares – verdadeiras societas sceleris – como a Tradição Família e Propriedade – TFP, e o Comando de Caça aos Comunistas – CCC, o senhor José Serra está se articulando com fascistas.
E somente fascistas se articulam com fascistas.
Quando o senhor José Serra, em atos aparentemente menores (e apenas demagógicos), como na sua lei antifumo, ou na criação da "nota paulista", e não equipa o Estado da quantidade adequada de funcionários para o controle dessas questões, transferindo esse controle para os cidadãos, estamos frente ao pior dos fascismos: a tentativa de transformar os cidadãos e cidadãs num grande exército de dedos duros e alcagüetes, um verdadeiro embrião das "rondas de cidadãos" do senhor Berlusconi.
Muito mais poderíamos apontar como atos que fazem do senhor José Serra um fascista. A lista, no entanto, seria grande demais (uma verdadeira lista telefônica).
Neste momento, o mais importante é que tenhamos todos muito claro, o que significam as duas candidaturas, onde se diferenciam fundamentalmente, e as conseqüências que enfrentaremos com a eleição de uma ou do outro dos candidatos.
A unidade, neste segundo turno, em torno da candidatura de Dilma Rousseff – do meu ponto de vista – tem um claro caráter de frente antifascista.
Sem sombra de dúvida, a unidade em torno do entendimento acima exposto sobre o significado das duas candidaturas e, em conseqüência, a escolha da candidata Dilma Rousseff constituem um ponto de partida fundamental.
Apesar disto, não é suficiente, não basta.
É necessário um passo a mais.
É necessário que nos organizemos e passemos à ação, de forma articulada com o geral da campanha. É necessário, portanto, que procuremos os comitês de campanha dos partidos aos quais sejamos filiados, ou os comitês suprapartidários que apóiam a nossa candidata.
Neste momento, circulam dezenas de manifestos de setores sociais, profissionais, religiosos, etc., com milhares de assinaturas em apoio à candidata Dilma Rousseff. É óbvia a importância de fazermos com que circulem em nossas listas via internet. No entanto, se nos detivermos apenas nisto, corremos o risco de conversarmos sempre e apenas entre nós. E é fundamental que consigamos sair  do nosso círculo. Creio que uma boa maneira de faze-lo, de sairmos da tentação do espelho, seria – e que proponho – que reproduzíssemos grandes quantidades desses manifestos e, em grupos, fôssemos distribuí-los, nos locais de concentração dos sujeitos aos quais se dirigem esses manifestos e abaixo-assinados.
Por exemplo: no pé desta mensagem, repasso para todos um documento assinado por religiosos e leigos católicos e evangélicos. Pois bem, podemos reproduzi-lo e panfletarmos organizadamente nas saídas das igrejas e templos, conversando com as pessoas, explicando, convencendo aqueles que ainda tenham dúvidas, etc. Com o manifesto dos juristas, como um segundo exemplo, faríamos panfletagens nas  portas de fóruns e tribunais nos horários de entrada e saída do pessoal, e assim por diante.
Temos de vencer o poder da grande mídia.
Para isto, vamos todos para as ruas, praças e avenidas – espaços privilegiados da nossa luta, pois é neles que podemos ser mais forte.E nos encontraremos pelas ruas e praças do Brasil.

* jornalista, escritor e membro do Conselho Editorial do Brasil de  Fato










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AOS CMPANHEIROS DE ESQUERDA QUE, COMO TODOS OS BRASILEIROS ESTÃO DIANTE DSS URNAS NO DIA 31

por Maurício Abdalla *

Na universidade em que leciono há pichações em vários locais com os seguintes dizeres: "nossos sonhos não cabem na urna: vote nulo!". A frase tem efeito e, por isso, pode ser convincente. Principalmente porque todos nós, da esquerda, concordamos com a premissa de que nossa utopia e nossos sonhos jamais se realizarão apenas através de eleições. Eu, de minha parte, nunca depositei minhas esperanças no processo eleitoral e acredito que a priorização excessiva que os movimentos sociais e partidos de esquerda lhe deram foi a principal responsável pela desarticulação da luta popular.
A frase da pichação tem tido atualmente uma variação: nossos sonhos não cabem em Serra ou em Dilma: vote nulo! O sentido da frase é o mesmo. Mas contém a mesma falácia, ou seja, é um argumento que parece verdadeiro, mas não é. Se tenho que rejeitar tudo aquilo no qual meus sonhos não cabem, tornar-se-iam verdadeiras todas as variações do argumento. Vejam bem: nossos sonhos não cabem em um prato de comida: não comam! Nossos sonhos não cabem em um curso superior: não freqüentem a universidade! Nossos sonhos não cabem em um ônibus: andemos a pé! Etc.
Não é verdade que nossas utopias não cabem em tantos lugares, mas nem por isso abrimos mão da necessidade de se usá-los?
O que precisamos refletir, neste momento, é que votar não é fazer a revolução, tanto quanto não é impedi-la de um dia acontecer. A opção que farei nas urnas não afetará minhas convicções de esquerda e nem minha utopia revolucionária. Não estamos decidindo sobre o capitalismo ou o socialismo, mas tão somente em quem vai ocupar o poder nos próximos 4 anos. E, independente de minha decisão de votar ou não, alguém vai ocupá-lo – no caso presente será ou Dilma ou Serra.
É evidente que, dependendo das forças que ocupam o poder, o processo de transformação social pode avançar ou retroceder. A vida das pessoas pode melhorar ou piorar. A relação com outros países pode ser de subserviência ou de autodeterminação. E é aí que a nossa decisão deve se pautar. Parafraseando a frase da pichação, "nossos sonhos não cabem em discursos de esquerda"; eles também têm uma dimensão prático-operacional.
Quem é de esquerda deve ter críticas profundas ao Governo Lula. Sabemos quais são, não precisamos insistir nelas. Mas sabemos também que nenhuma de nossas críticas se assemelha às da extrema-direita. Ou seja, não somos aliados do PSDB e do DEM na oposição ao Governo Lula.
Mas, ser crítico não é ser míope. Somos obrigados a reconhecer que a relação do Governo Lula com os movimentos sociais, se não foi a que desejamos, tampouco se pode comparar com a de FHC. Embora a reforma agrária não tenha sido realizada, o MST não foi combatido ou criminalizado em suas reivindicações. Ao contrário, pôde beneficiar-se de diversos programas para os assentamentos e a agricultura familiar. Os resultados fortalecem a luta social.
Programas que investiram no combate à pobreza extrema são polêmicos, pois podem ser chamados de assistencialistas ou até, para os mais exaltados, como uma espécie de “anestesia que impede o desabrochar do espírito de revolta que favorece a atitude revolucionária”. Caros companheiros, a fome (cuja experiência desconhecemos) não causa revolução. Causa dor, desespero, submissão e a fuga para atividades fora da legalidade. Caso contrário, os grupos de esquerda seriam mais fortes que o narcotráfico, que a economia informal e que a criminalidade.
Além disso, eu que me alimento todos os dias, não quero fazer discurso para os que não comem, não quero dialogar com estômagos em desespero, mas sim com a consciência de cidadãos que, uma vez alimentados, podem sonhar com uma sociedade sem exploradores e explorados. E se o capital não os alimenta, o Estado deve fazê-lo.
E sabemos que não se pode fazer nenhuma transformação profunda em um país sem modificar a correlação de forças no cenário geopolítico. Para tanto, é preciso de um bloco crítico que se interponha aos interesses das grandes potências, principalmente aos EUA, e defenda os interesses dos países periféricos em conjunto com os presidentes populares, como os da Venezuela, Cuba, El Salvador, Bolívia, Equador, Uruguai e outros.
Não podemos negar que Lula teve um grande papel na consolidação deste bloco crítico, por mais que rejeitemos o seu excessivo “jogo de cintura”. Podemos dizer que a coligação PSDB/DEM teria a mesma postura com os países periféricos?
Por esses motivos e por muitos outros, não podemos dizer que o país ficará igual com Dilma ou com Serra. Nem que os movimentos sociais serão indiferentes a um governo ou ao outro.
Portanto, uma coisa é demarcar posicionamentos ideológicos, reafirmar nossas mais profundas convicções revolucionárias, combater o capitalismo com todas as forças e sem capitulação, trabalhar a mobilização popular e lutar pelo socialismo. Outra coisa é apertar dois dígitos em uma urna para escolher o presidente quando só se tem duas opções. São tipos de ações diferentes, não excludentes, mas, de certa forma, relacionadas.
Eu, de minha parte, não quero ter sob minhas costas o peso da omissão, caso Serra e as elites mais atrasadas venham a ocupar o Palácio do Planalto, perseguindo os movimentos sociais, virando as costas para os países periféricos, jogando o peso das crises financeiras nas costas do mais pobres e abandonando os miseráveis a seu próprio destino.
Por isso, voto em Dilma, sem alterar em nada minhas utopias e sem comprometer o meu espírito crítico e meu sonho de um futuro socialista.

*Professor de filosofia da UFES e educador popular.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

FREI BETTO LAMENTA QUE PAPA SEJA "USADO COMO CABO ELEITORAL"

Frei Betto lamenta a postura do papa Bento XVI, que voltou a trazer o aborto ao debate político brasileiro às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais. Na manhã desta quinta-feira (28), o papa esteve com 15 bispos brasileiros do Nordeste, a quem convocou a condenar o aborto e orientar fieis a "usar o próprio voto para a promoção do bem comum". Em entrevista, o frei brasileiro sustenta que há temas mais relevantes para o momento.
"Lamento que Bento XVI esteja sendo usado como cabo eleitoral, seja para qual partido for. Há temas muito mais importantes do que aborto e religião para se discutir em uma campanha eleitoral", afirmou Frei Betto.
"Aborto se evita com políticas sociais. Num país em que se sabe que os futuros filhos terão saúde, escolaridade e oportunidades de trabalho, o número de aborto é reduzido. Lula fez o governo que mais fez para evitar o aborto no Brasil", analisa.
No discurso proferido durante reunião em Roma, o papa afirmou que se "os direitos fundamentais da pessoa ou da salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas". O discurso do papa reconheceu a possibilidade de eventuais efeitos negativos: "Ao defender a vida, não devemos temer a oposição ou a impopularidade".
Frei Betto relembrou que tal postura se parece com as de dom Nelson Westrupp, dom Benedito Beni dos Santos e dom Airton José dos Santos, bispos que subscreveram um panfleto produzido pela Regional Sul 1 da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O material trazia um pedido aos cristãos que não votassem no PT e em partidos que defendessem o aborto. Para o frei, o objetivo era clararamente fazer um manifesto anti-Dilma.
"Lamento também que três bispos tenham desviado a atenção da opinião pública para introduzir oportunisticamente o tema no debate", critica. Atuante em movimentos sociais, Frei Betto afirma que muitas mulheres acabam optando pelo aborto por se sentirem inseguras com o futuro que darão aos filhos.
Polêmica
O aborto ganhou status de tema de campanha desde o final do primeiro turno. A questão é apontada por analistas como uma das responsáveis pela perda de intenção de votos da candidata governista na reta final, causando o segundo turno. Desde o dia seguinte da votação, a discussão permaneceu na disputa entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).
O fenônemo levou a campanha de Dilma a promover eventos com lideranças evangélicas e de outras religiões. Ela assumiu ainda compromissos em defesa da vida e contrários a mudanças na legislação sobre interrupção da gravidez. O PSDB empregou, segundo relatos publicados em jornais e blogues, uma ampla ação de telemarketing ativo (milhares de telefonemas a eleitores) com o objetivo de espalhar a informação de que a petista seria favorável ao aborto.
A onda foi seguida por figuras relevantes do cenário religioso. A Comissão em Defesa da Vida, grupo católico coordenado pelo padre Berardo Graz, divulgou nota incitando os fiéis a não votar em Dilma. No último sábado (23), porém, o bispo dom Angélico Sândalo Bernardino leu, em São Paulo, uma carta pela "verdade e justiça nas eleições" deste ano. O conteúdo da carta critica a atitude da Regional Sul 1 e a utilização eleitoreira do tema aborto.
 
Fonte: Vermelho com Rede Brasil Atual
Criado por: Wellington Correia e Postado em: 29/10/2010 14:10:34
Fonte da notícia: sítio do Sindicato dos Bancários de Pernambuco:  http://www.bancariospe.org.br/noticias_aparece.asp?codigo=5743

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

GRANDE CAMINHADA DILMA13

Se você quiser ver as imagens de uma caminhada realmente grande, com real participação da população, clique no link abaixo e confira a caminhada DILMA 13 no último dia 23.
Andar com dificuldade nas ruas do comércio do centro do Recife não é nada de extraordinário. Ruas e calçadas estreitas, comércio ambulante e movimento natural de consumidores, as ruas do centro são sempre um desafio para quem transita por ali. Sobretudo no final do ano, quando as compras de natal levam ainda mais pessoas às ruas.
Ficamos lembrando da campanha de Lula em 2002, quando ele veio ao Recife e fizemos uma caminhada pelo mesmo percurso que esta, do dia 23. A Avenida Conde da Boa Vista foi pequena para tanta gente. E não vale pensar em dar como desculpa não ter feito a caminhada em uma avenida larga porque não teria infraestrutura porque em 2002, éramos oposição ao governo do estado e fizemos uma senhora caminhada.
Militância é isso: quem tem vai para a Conde da Boa Vista. Quem não tem, aproveita as pessoas que já estão na rua fazendo suas compras. Fazer o que? 


CAMINHADA DILMA 13

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MENSAGEM PARA A MILITÂNCIA



Companheiras e companheiros,

A confiança de Dilma e Lula na militância para conquistar a vitória é total.

Nessa última semana de campanha, a energia da nossa militância vai fazer a diferença, como sempre fez.

Vamos às ruas deixar claro que Dilma é a única garantia de que o país vai continuar no caminho iniciado pelo Governo Lula, com desenvolvimento econômico, respeito à democracia e ao meio ambiente. É a única alternativa para continuarmos gerando empregos, distribuindo renda, garantindo moradia digna, saúde, segurança e edudação. É a única candidata que se compromete com a defesa do pré-sal, com uma política externa independente, com o fortalecimento das empresas estatais.

Vamos levar informações para combater a onda de boatos e calúnias em que se apóia a candidatura adversária, e não vamos em hipótese alguma, aceitar provocações.

Vamos falar com as pessoas, no trabalho, no ponto de ônibus, na comunidade e também na internet. Vamos de casa em casa conversar com as famílias.

Vamos usar bem os materiais de campanha. Se você não tem, produza o seu. No site da Dilma, você encontra tudo pronto para imprimir.

É muito importante estar presente em toda a parte, mostrando com paz e tranquilidade a opção Dilma13.

É dessa forma que vamos assegurar e ampliar a expressiva votação que deu vitória a Dilma no 1º turno e conquistar mais votos para reafirmar o nosso desejo de continuar construindo um Brasil justo, igualitário e fraterno. Vamos juntos(as), rumo à vitória!

Lembre-se:
no dia da votação, é permitido o uso de camiseta, boné, botton, adesivo, símbolos dos partidos coligados ou de bandeira.


Veja aqui a lista de Materiais Dilma13
Adesivos - Lembre-se, adeviso não é panfleto. É para colar e não apenas para distribuir;

Perfurades, adesivos para carro - os adesivos maiores são preferencialmente para carros que circulam bastante. Nossa presença nas ruas é fundamental nessa reta final;

Folhetos - importantíssimo para o corpo-a-corpo, para entregar quando conversar com as pessoas;

Adesivos e cartazes - se você não os tem, escolha um. Clique e imprima o seu;

Bandeiras -
devem estar na rua, sempre. Vale revezar, quando não estiver usando, empreste-a;

Faixas -
são importantíssimas. Mapeie os lugares com boa visibilidade e peça autorização às pessoas para colocá-las;

Praguinhas e bottons - o uso incentiva outras pessoas a fazer o mesmo. Utilize sempre e distribua. Se for possível, cole uma nos simpatizantes que encontrar;

Colinhas -
imprima tantas quantas puder distribuir aos seus amigos e conhecidos simpatizantes antes das eleições, pois no dia da eleição não é permitida a distribuição de material fora da sede do Partido.
Dilma 13 Presidente

domingo, 24 de outubro de 2010

REVISTA ISTO É DESTA SEMANA

A reportagem de capa da revista ISTO É desta semana está excelente. Vale a pena comprar a revista ou visitar o site e ler: 

Os santinhos de uma guerra suja - Parte 1 -

Os santinhos de uma guerra suja - Parte 2 - 

A poucos dias da eleição, a campanha de José Serra se aproxima de grupos ultraconservadores e reforça a tática do ódio religioso. O oportunismo político divide a Igreja e vira caso de polícia.

Festival de espionagem 

Polícia Federal isenta o PT da quebra do sigilo de tucanos e mostra indícios de que se trata de fogo amigo no PSDB

FRASE DA SEMANA

FRASE  PARA COMEÇARMOS BEM A SEMANA:

"Por mais alto que voe um tucano jamais alcançará uma estrela" 

autor desconhecido

DOIS EVENTOS NO MESMO CAMINHO

por Marcelo Barros

Neste próximo domingo, as comunidades cristãs serão chamadas a viver dois eventos que, aparentemente, nada têm em comum, mas, o calendário os uniu no mesmo 31 de outubro. O primeiro evento é o segundo turno das eleições para presidente da República. O segundo acontecimento é que este dia do segundo turno eleitoral coincide com o “dia da reforma”, aniversário do início do movimento evangélico. Segundo a tradição, no dia 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero pregou na porta da catedral de Wintenberg (Alemanha) as 95 teses sobre a necessidade de uma profunda reforma na Igreja cristã.
De fato, somente cinco séculos depois, no Concílio Vaticano II (de 1962 a 1965) e, mais tarde, em uma declaração comum com a Federação Luterana Mundial (1999), a hierarquia católico-romana reconheceu o acerto das principais afirmações de Lutero: a primazia da Bíblia como fonte da fé cristã, a salvação pela graça de Deus através do dom da fé e o sacerdócio real de todas as pessoas batizadas. Apesar dessas afirmações feitas em comum, as Igrejas continuam divididas. Até hoje, cada grupo cristão ainda é tentado a pensar a sua missão apenas em função de si mesmo. O aniversário da reforma começa a chamar a atenção não somente de cristãos evangélicos, mas também de católicos. Em algumas cidades do país, o dia 31 de outubro começa até a ser feriado municipal.
Neste ano, a coincidência do segundo turno destas eleições no dia do aniversário da reforma protestante pode nos ajudar a perceber que estes dois acontecimentos são como uma só estação na mesma estrada.
No século XVI, Lutero, Calvino e outros reformadores propuseram à Igreja uma reforma que a ajudasse a voltar ao espírito do evangelho.: uma Igreja mais simples, mais comunitária e aberta à participação ativa dos leigos e disposta a se renovar espiritualmente para ser como o ensaio de uma humanidade renovada. Lutero dizia que esta reforma da Igreja deve ser permanente e contínua. Hoje, quase cinco séculos depois, homens e mulheres que pertencem às várias Igrejas cristãs sentem a urgência de uma nova reforma da Igreja e do mundo, como também cada pessoa é chamada a se converter e se renovar interiormente.
Ao dar o seu voto neste segundo turno das eleições presidenciais, a maioria do povo brasileiro também está dizendo que quer uma mudança social e política para o país. Não uma volta ao passado do qual já nos libertamos, mas um passo adiante no caminho de uma sociedade mais justa e participativa. Esta mudança não depende só e principalmente do governo, por mais importante que este seja. É necessário desenvolvermos um modelo democrático que não consista só em votarmos em nossos representantes cada quatro anos, mas possibilite que todo o povo participe verdadeiramente dos destinos do país. Para presidente da República, é preciso escolhermos a pessoa que for mais aberta e disponível para não somente aceitar, mas incentivar esta participação da sociedade civil no processo do país.
Para os cristãos, a fé não é apenas um sentimento individual. Ela deve nos levar a uma postura social e política que se expressa em uma atitude de cidadania. Não existe verdadeira vida de fé se não se busca criar uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, as pessoas cristãs devem não somente votar de acordo com a sua consciência, mas a partir do interesse dos mais empobrecidos e para que o regime social e político favoreça a realização do projeto divino no mundo e no país. Não se trata de servir apenas a interesses eclesiásticos, mas de construir um mundo renovado de fraternidade entre as pessoas e de comunhão com a natureza.

DILMA; A IMPORTÃNCIA DE UMA MULHER NA PRESIDÊNCIA

por LEONARDO BOFF

Lboff/ mulher na PresidenciaHá duas formas principais de estarmos presentes no mundo: pelo trabalho e pelo cuidado. Como somos seres sem nenhum órgão especializado, à diferença dos animais, temos que trabalhar para sobreviver. Vale dizer, precisamos tirar da natureza tudo o que precisamos. Nessa diligência usamos a razão prática, a criatividade e a tecnologia. Aqui precisamos ser objetivos e efetivos, caso contrário sucumbimos às necessidades. Na história humana, pelo menos no Ocidente, instaurou-se a ditadura do trabalho. Este mais do que obra foi transformado  num meio de produção, vendido na forma de salário, implicando concorrência e devastação atroz da natureza e perversa injustiça social. Representantes principais, mas não exclusivos, do modo de ser do trabalho são os homens.
A segunda forma é o cuidado. Ele tem como centralidade a vida e as relações interpessoais e sociais. Todos somos filhos e filhas do cuidado, porque se nossas mães não tivessem tido infinito cuidado quando nascemos, algumas horas depois teríamos morrido e não estaríamos aqui para escrever sobre estas coisas. O cuidado tem a ver mais com sujeitos que interagem entre si do que com objetos a serem  gestionados. O cuidado é um gesto amoroso para com a realidade.
O cuidado não se opõe ao trabalho. Dá-lhe uma característica própria que é ser feito de tal forma que respeita as coisas e permite que se refaçam. Cuidar significa estar junto das coisas protegendo-as e não sobre elas, dominando-as. Elas nunca são meros meios. Representam valores e símbolos que nos evocam sentimentos de beleza, complexidade e força. Obviamente ocorrem resistências e perplexidades. Mas elas são superadas pela paciência perseverante. A mulher no lugar da agressividade, tende a colocar  a convivência amorosa. Em vez da dominação, a companhia afetuosa. A cooperação substitui a concorrência. Portadoras privilegiadas, mas não exclusivas, do cuidado são as mulheres.
Desde a  mais remota antiguidade, assistimos a um drama de consequêncas funestas: a ruptura entre o trabalho e o cuidado. Desde o neolítico se impôs o trabalho como busca frenética de eficácia e de riqueza. Esse modo de ser submete a mulher, mata o cuidado, liquida a ternura e tensiona as relações humanas. É o império do androcentrismo, do predomínio do homem sobre a natureza e a mulher. Chegamos agora a um impasse fundamental: ou impomos limites à voracidade produtivista  e resgatamos o cuidado ou a Terra não aguentará mais.
Sentimos a urgência de feminilizar as relações, quer dizer, reintruzir em todos os âmbitos o cuidado especialmente com referência às pessoas mais massacradas (dois terços da humanidade), à natureza devastada e ao mundo da política. A porta de entrada ao universo do cuidado é a razão cordial e sensível que nos permite sentir as feridas da natureza e das pessoas, deixar-se envolver e se mobilizar para a humanização das relações entre  todos, sem descurar da colaboração fundamental da razão intrumental-analítica que nos permite sermos eficazes.
É aqui que vejo a importância de podermos ter providencialmente à frente do governo do Brasil uma mulher como Dilma Rousseff. Ela poderá unir as duas dimensões do trabalho que busca racionalidade e eficácia (a dimensão masculina) e do cuidado que acolhe o mais pobre e sofrido e projeta políticas de inclusão e de recuperação da dignidade (dimensão feminina). Ela possui o caráter de uma grande e eficiente gestora (seu lado de trabalho/masculino) e ao mesmo tempo a capacidade de levar avante com enternecimento e compaixão o projeto de Lula de cuidar dos pobres e dos oprimidos(seu lado de cuidado/feminino). Ela pode realizar o ideal de Gandhi: “política é um gesto amoroso para com o povo”.
Neste momento dramático da história do Brasil e do mundo é importante  que uma mulher exerça o poder como cuidado e serviço. Ela, Dilma, imbuida desta consciência, poderá impor limites ao trabalho devastador e poderá fazer com que o desenvolvimento ansiado se faça com a natureza e não contra ela, com sentido de justiça social, de solidariedade a partir de baixo e de uma fraternidade aberta que inclui todos os povos e a inteira a comunidade de vida.

AGENDA DA BRIGADA DE LUTA E DE MASSA

Companheiros e companheiras, estamos chegando à reta final da campanha de nossa candiadta DILMA 13. Vamso aproveitar esta últiam semana para consolidarmos a candidatura de DILMA e podermos comemorar, sem medo de ser feliz, no próximo dia 31.
Vamos vestir vermelho e encher o Recife com nossa animação.
 
Segue abaixo a AGENDA DA BRIGADA DE LUTA E DE MASSA e os contatos responsáveis para cada atividade.
 

PERÍODO DE: 25 à 30 DE OUTUBRO DE 2010
 
SEGUNDA 25 de Outubro (MANHÃ)
CORPO A CORPO COMÉRCIO DE AFOGADOS
CONCENTRAÇÃO: 9:00h - PÇA DO LARGO DA PAZ
RESPONSÁVEL: ELIANE (8796 8022) e ZÉ RONALDO (9229 0653)
SEGUNDA 25 de Outubro (TARDE)
CORPO A CORPO COMÉRCIO DANTAS BARRETO
CONCENTRAÇÃO: 15:00h – PÁTIO DA IGREJA DO CARMO
RESPONSÁVEL: ELIANE (8796 8022) e ZÉ RONALDO (9229 0653)
TERÇA 26 de Outubro (MANHÃ)
CORPO A CORPO COMÉRCIO RUA DAS CALÇADAS
CONCENTRAÇÃO: 09:00h – PÇA DO MERCADO DE SÃO JOSÉ
RESPONSÁVEL: ELIANE (8796 8022) e ZÉ RONALDO (9229 0653)
TERÇA 26 de Outubro (TARDE)
ADESIVAÇO SINAL DA RUA DOM BOSCO/AV. CONDE DA BOA VISTA
CONCENTRAÇÃO: 15:00h – POSTO DE PETROBRAS
RESPONSÁVEL: EVARISTO (8603 8430) e ROBELVAL (9128 9377)
QUARTA 27 de Outubro (MANHÃ)
CORPO A CORPO COMÉRCIO DE PAULISTA
CONCENTRAÇÃO: 09:00h – IGREJA CATÓLICA DO CENTRO DE PAULISTA
RESP.: RONALDO BOLA (8873 8611) e FÁBIO BARROS (9933 9600)
QUARTA 27 de Outubro (TARDE)
CORPO A CORPO COMÉRCIO DA ENCRUZILHADA
CONCENTRAÇÃO: 15:00h – PÇA DA ENCRUZILHADA
RESPONSÁVEL: ILHO (8174 7808/8664 9393) e EVARISTO (8603 8430)
SEXTA 29 de Outubro (TARDE)
ADESIVAÇO SINAL DO BOMPREÇO DA AV. RECIFE
CONCENTRAÇÃO: 15:00h – ENFRENTE AO BOMPREÇO DA AV. RECIFE
RESPONSÁVEL: LENA (8888 ) e JANILDA (9453 1548)
SÁBADO 30 de Outubro (MANHÃ)
ADESIVAÇO NA AV. HERCULANO BANDEIRA
CONCENTRAÇÃO: 09:00h – IGREJA CATÓLICA DO PINA
RESPONSÁVEL: SAMUEL (8888 4041) e INALDO

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

MANIFESTO MULHERES COM DILMA POR UM BRASIL SOBERANO, JUSTO E IGUALITÁRIO

Nós formamos uma onda, nós somos um movimento que se espalha pelo país. Nós somos Mulheres com Dilma Para Presidenta do Brasil. Somos negras, somos brancas, somos trabalhadoras, somos indígenas, somos mães, somos lésbicas, somos rurais, somos urbanas, de todas as regiões, com diferentes credos e convicções políticas. E, assim como Dilma, somos mulheres que sempre lutaram pela Democracia e por um país com justiça social.

Nestas eleições, queremos dizer ao mundo que não podemos abrir mão de todas as conquistas sociais e do trabalho, construídas nos oito anos do Governo Lula. Não queremos retrocessos. Queremos avançar na construção de um Estado democrático, com soberania nacional. Queremos um Estado que respeite todas as religiões, mas que não seja controlado por nenhuma delas

Vamos seguir em frente organizadas e decididas a nos manter em movimento permanente pela democracia no país e no mundo. Queremos construir novas formas de organizar a vida social, com paz, com direitos, queremos uma nova economia, justiça ambiental e redistribuição da riqueza produzida. Queremos uma vida sem violência, com liberdade e com autonomia. Queremos partilhar e transformar os espaços públicos de poder e decisão.
 
Para nós Dilma é parte da heróica geração que cumpriu um papel democrático na luta contra a ditadura militar, é parte das forças que impulsionaram a democracia ativa no nosso país, é parte comprometida com a reconstrução das funções públicas do Estado brasileiro e com a promoção de uma inserção soberana dos países do sul no diálogo internacional.
 
Estamos com Dilma porque nela reconhecemos coragem, compromisso e ousadia para aprofundar os processos iniciados no Governo LULA.Estamos com Dilma para barrar o retorno ao poder do projeto liberal conservador.Estamos com Dilma por uma educação inclusiva, não-sexista e não-racista, pela garantia da saúde e o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres,  por seu compromisso em promover a nossa autonomia econômica. Estamos com Dilma pelo direito a terra, aos recursos econômicos e ao desenvolvimento rural sustentável para as mulheres do campo e pela ampliação dos investimentos em projetos de infraestrutura, moradia e mobilidade que melhorem a vida das mulheres. Estamos com Dilma pela garantia e compromisso com o enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher, ampliando-se os recursos necessários à implementação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e à adequada aplicação da Lei Maria da Penha. Estamos com Dilma pela garantia do fomento ao desenvolvimento de políticas que viabilizem o compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados, entre homens, mulheres, Estado e sociedade. Sabemos que a eleição de Dilma representa um passo importante na construção da igualdade entre homens e mulheres e que apenas o projeto que ela representa garantirá nosso avanço em direção a uma sociedade mais justa, solidária, igualitária e soberana. Estamos com Dilma porque queremos ser protagonistas das mudanças que farão deste um país mais justo e igualitário.
Nós subescrevemos:
 
 
Silvia Camurça, socióloga, educadora popular feminista, integrante do SOS Corpo e militante da AMB
Laisy Moriére -  Socióloga
Terezinha Gonçalves - Economista  (BA)
Karen Vaidyanathan - Estudante C. Sociais/UFBA
Maria Balduina Gonçalves da Silva - Professora aposentada (BA)
Ana Maria Marques - Professora Adjunta do Departamento de História da UFMT
Maria jardim- Pesquisadora/socióloga
Luciene Assunção da Silva
Fátima Almeida - União Brasileira de Mulheres Regional Bahia
Robertha G. G. de Barros
Elza Maria Campos - Assistente Social e Professora - Coordenadora Nacional da UBM 
Mariana Azevedo de Andrade Ferreira –Socióloga, integrante do Grupo de estudos em gênero e masculinidades da UFPE
Carla Gisele Batista, mestranda do PPGNEIM/UFBA
Verônica Ferreira, Assistente Social, SOS CORPO Instituto Feminista para a Democracia e Fórum de Mulheres de PE/Articulação de Mulheres Brasileiras -
Zilda Martins de Quadros - Servidora Pública -  UBM / AMB – Chapecó
Cláudia Costa, CP Articulação de Mulheres Brasileiras Sergipe.
Lucia Helena Souza Martins -Socióloga da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Professora do Governo do Estado do Rio de Janeiro
Mônica Jácome, psicóloga, ICEI / Fórum de Mulheres de Pernambuco
Isabel Cristina de Lima Lisboa- professora e Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Belo Horizonte- MG
Márcia Sousa e Cruz - Atriz & Educadora e membro doFórum de Mulheres de Pernambuco
Ana Maria Veiga -Doutoranda em História - Universidade Federal de Santa Catarina
Livia Martins Carneiro, médica
Maria Helena Souza da Silva – Salvador
Rosemeri Moreira – Doutorando UFSC
Mariana Karilena Moura da Silva – Coletivo de Jovens Feministas PE
Joyce Alves Silva, estudante, Grupo Labris (Grupo de Mulheres Lésbicas do Recife).
Maria Balduina Gonçalves da Silva – Professora aposentada – BA
Rachel Moreo – Psicóloga e Pesquisadora – SP
Marcia Barral – Secretaria Adjunta – SBC – SP
Cibele Simão Lacerda – Psicóloga/ Funcionária Pública – SP
Profa. Dra. Maria Luiza de Carvalho Armando - Universidade Federal do R. G. do Sul
Taysa Soares  - Educadora  - Casa da Mulher do Nordeste
Manuella Donato, internacionalista, Recife - PE
Sônia Malheiros Miguel
Terezinha Gonzaga - arquiteta (SP)
Elinalva Barros dos Santos - Estudante de Direito/Faculdade de Ilhéus
RUTE ROSA
Fanny Bittencourt Daniel - psicóloga (ES)
Lourdes Bandeira, Socióloga, profa. do Depto de Socioogia da Universidade de Brasília-UnB
Fabiana Mesquita- Jornalista Ambiental e Arte-Educadora (SP)
Mayra Barbosa Guedes - Professora UFJF, MG
Maria Teles dos Santos – Sergipe
Elisabeth Bolini Narciso - Tec. Adm Prefeitura Municipal SP (SP)
Maria Aparecida Alves da Silva
Carime Rossi Elias
Joana Maria Pedro - Professora do Departamento de História da UFSC  e membro da coordenação do IEG - Instituto de Estudos de Gênero
Marta Akemi Horii - Assistente Social (SP)
Sandra de Sá Carneiro - Antropóloga, professora da UERJ
Denise Pereira Silva (professora de História)
Ines Brito – Vice- Prefeita Ceres-Go
Estela Aquino - Professora universitária (UFBA)
Vivian Farias – Coord. Nacional de Organização da JPT -   Secretária de Comunicação PT – PE
Lícia Brancher -produtora audiovisual (Florianópolis/SC)
Bernadette Siqueira Abrão – jornalista – Cotia/SP
Maria Lúcia de Arruda Aranha – Filósofa – São Paulo/SP
Maria A parecida de Oliveira Martins – Franca – SP
Maria de Fátima Silva - educadora Social
Leila de Menezes Stein – UNESP
Maria Aparecida de Moraes Silva – professora e socióloga/UNESP E UFSCar
Elisabeth Maria Cardoso - Engenheira Agrônoma - CTA/ZM
Cecy Helenize Prestrello - Assistente Social - PE
Maria de Nazareth Baudel Wanderley - Professora
Leila de Menezes Stein (Unesp)
Cristina Chacel, jornalista, Rio de Janeiro
Ana Carolina Silva -Assessora da CUT
Clarice Barreto Linhares, Socióloga/professora - Sinpro Minas
Carmen Lúcia Bezerra Bandeira, pedagoga.
Suely de Oliveira – Psicóloga – PE
Agna Kelly da Silva – Estudante de Psicologia _ PE
Giovanna Marchi - Estudante de Jornalismo (PE)
Maria Mazarelo Rodrigues- Pedagoga (PE)
Márcia Raposo -  Pedagoga
Maria C. Raposo - T.O
Lourdes Maria Antonioli
Glaucia Helena de Souza - Professoa de História
Conceição Nascimento - Arquiteta/RJ
Sonia Travassos - Antropóloga/RJ
Gervânia Maria Dos Santos Camilo
Gisele Fernanda Alves Lopes - Cientista Social
Francisquinha Corado da Silva
Regina Dalcastagnè, professora de literatura, Universidade de Brasília
Dina Susana Mazariegos, Mestre em Antropologia Social
Guacira Cesar de Oliveira
Zahidé Lupinacci Muzart - professora de literatura – UFSC
Marlene de Fáveri - profa. de Historia da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Claudia de Lima Costa- UFSC
Simone Ferreira/Educadora Feminista do SOS Corpo Instituto Feminista para Democracia
Silvia Maria Cordeiro -Rede Mulher&Democracia
Maria Juracy Filgueiras Toneli -  professora do Departamento de Psicologia da UFSC
Débora Reina, museóloga - Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro.
Paula Pinhal de Carlos - aluno do Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas UFSC
Luzinete Simões Minella – professora e pesquisadora da UFSC
Eunice Lea de Moraes  Sociologa, professora da UFPA
Marli Márcia da Silva  - APEMAS
Mara Coelho de Souza Lago - Professora PPGICH e PPGP/ UFSC
Marlise Matos -Professora AdjuntaDepartamento de Ciência Política – UFMG
Maria Amelia Schmidt Dickie – antropóloga -Florianopolis, SC
Ione Maria Ferreira de Oliveira - Professora Universitária – UFMG
Graciete Santos – socióloga -Forum de Mulheres de Pernambuco; Forum Brasileiro de Economia Solidária
SHIRLEY WALQUIRIA ALVES GOMES VIANA – Casa da Mulher de Pernambuco
Tayane Lino -Articulação Femininas do GUDDS! - AFUDDS! Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual! - GUDDS! 
Wagnerdalena Batista de França – Auxiliar administrativo – Casa da Mulher do Nordeste
Maria Marli de Almeida Romão  Coordenadora Programa Mulher & Vida Rural  - PE
Tarcila de Castro e Silva Machado, Psicóloga, autônoma, Brasília
Vanessa Schottz ,Nutricionista ,Secretária Executiva do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional
Maria Betania Ávila - Socióloga,  Feminista, Pesquisadora do SOS Corpo
Rosa Maria Blanca, Artista-Professora, Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades/NIGS/UFSC
Sônia Weidner Maluf - Professora de Antropologia da UFSC
Rosali Maria Becker- Assistente Social - Fundação  Gaucha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)
Francisca Vasconcelos
Claudia Mayorga/ Professora UFMG
Raquel Versieux - artista plástica / estudante UFMG
Célia Maria Alves - Goiânia
 Matheus Cherem - Estudante universitário NEPEM/UFMG
Vera Soares - física - professora e militante feminista
Tica Moreno, socióloga, militante da Marcha Mundial das Mulheres e integrante da SOF
Renata Cristina Belarmino, Psicóloga, Membro do Núcleo de Psicologia Política e do Grupo Psicologia e Feminismos UFMG
Lyvia Tavares Felix do CarmoEstudante – UFRPE – FMPE
Rosani Maria Becker - Professora - Escola Privada
Josina Magalhães
Mª Regina Azevedo Lisbôa - Professora de Antropologia e membro do Instituto de Estudos de Gênero (IEG)/UFSC  
Rita de Cássia Ramalho
Cristina  Dorigo   Sec.Est. Mulheres do PT/RJ
Edinete Gomes da SilvaAgente Comunitária de Saúde ,Grupo de mulhere Jurema / Ouricuri - PE 
Cristina Scheibe Wolff -Universidade Federal de Santa Catarina
Ivaloo G. Gusmão - assistente social (SP)
Helena Argolo – Advogada
Luiza Benicio – Antropóloga
Maria Benicio – Profa. Licenciada
Lucia Benicio – Estudante Ciências Sociais
Leyde Pedroso
Rita Ramalho
Ana Maria Prestes, cientista política
Raquel Auxiliadora dos Santos - membro do Coletivo Nacional de Mulheres do PT - São Carlos - SP
Girlayne Carvalho
Daniele Cima - Assistente Social Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Direitos Humanos de Itapema – SC
Maria Liège Santos Rocha - Bibliotecária/Aposentada
Kátia Maria Barreto Souto - Jornalista, diretora da União Brasileira de Mulheres-DF
Marília Barreto Souto - Economista/Servidora Pública Federal/INCRA-GO 
 Edla de Araújo Lira Soares -Professora da Rede Estadual e da Universidade Federal de Pernambuco (Aposentada)Conselheira- Conselho Estadual de Educação / Integrante do Comitê de Educação Básica do Campo
Maria das Graças de V. Camelo - engenheira eletricista - PE
Leila Loureiro - Professora/PE
Maria Helena Carvalho - Produtora Cultural\Sonoplasta - PE
Rejane Menezes - Jornalista/Assessora de comunicação/PE