"Nós não somos o que gostaríamos de ser. Nós não somos o que ainda iremos ser. Mas, graças a Deus, Não somos mais quem nós éramos." Martin Luther King

Não somos ainda o país que sonhamos.
Ainda estamos longe de ser o país que queremos.
Mas, com toda certeza, hoje somos um país melhor do que éramos a há oito anos.

Este blog é para quem não quer cruzar os braços e quer contribuir para deixar um Brasil
melhor do que encontrou.

Se você ainda está em dúvida entre qual modelo de governo é melhor para o país,
responda a esta pergunta: que país você quer deixar para o futuro:
Um país de todos ou apenas um país de poucos?

domingo, 17 de outubro de 2010

SOBREVIVENDO AO ATAQUE DO POVO DO BEM! ????

por Rejane Menezes


Final de manhã de um domingo ensolarado em Recife, fui almoçar na casa da minha mãe.
Bandeiras a postos, de um lado uma enorme bandeira do PT, cheia de histórias pra contar, sabe-se de quantas campanhas. Do outro, ergo uma tímida, mas decidida, bandeira de Dilma e seguimos pela Av. Boa Viagem, declarando a quem interessar possa, o nosso voto.
Mais ou menos na altura do Ed. Acaiaca, avistamos bandeiras de Serra, empunhadas por pessoas pouco animadas em segurar bandeiras em baixo daquele sol, pertinhho do mar e sem estar lá dentro, desfrutando daquela água que parecia deliciosa. Mas, profissionais, continuavam a empunhar as bandeiras, mas sem nenhum entusiasmo.
Seguimos o fluxo dos carros, tranquilamente, sem imaginar o que nos aguardava.
Dia de domingo, andar na avenida é um exercício de paciência, todo mundo sabe. Mas confesso amigos que hoje, foi preciso toda a paciência do mundo para sairmos incólumes do assédio de alguns serristas ensandecidos.
Gente, que barraco eles armaram. Vocês não têm idéia. Gente rico também desce o nível. Enquanto nosso carro se aproximava, modestamente, eles começaram a gritar, xingando a gente, Dilma, Lula, o PT, enfim, uma baixaria. E nós ali, só olhando pra eles e rindo, mostrando que não estávamos ali para brigar.
Para nossa falta de sorte o danando do sinal fechou. Eles cercaram o carro, gritando xingamentos. Para prender a minha modesta bandeirinha, não abri o vidro todo do carro. Foi a minha sorte. Porque se aproximou um cara, provavelmente com algumas cervejas povoando-lhes as ideias , colocou a boca quase dentro do carro e gritava com um ódio, que confesso que me assustou: O PT É UM PARTIDO DE LADRÕES! Como não reagíssemos, apenas olhássemos para eles demonstrando tranquilidade, o cara recomeçou a gritar de novo, com a boca quase dentro do carro.
Ainda bem que não eram muitos, porque, se fossem em maior número, com a raiva com que partiram pra cima da gente, poderiam ter feito alguma coisa com as nossas bandeiras, com o carro oou até mesmo com a gente.
Daí,surge o deputado Raul Jungman, se dirigindo ao nosso carro. Veio dizer que, a pedido dele, as pessoas tinham se afastado. Meu Marido olhou pra ele e falou: “Obrigado raul. É contra este tipo de gente no poder  que eu luto. E que você também lutava antigamente.” E fomos embora, aliviados, com as nossas bandeiras inteiras, e sem ter sido agredidos fisicamente, nem sem bem explicar por que.
É esse tipo de gente que quer Serra na presidência. Gente que não aceita ser contrariado, gente que não sabe o que é viver em uma democracia. São os herdeiros da ditadura militar, acostumados a ver a predominância das bandeiras da ARENA, que virou PDS, que virou PFL, que virou DEM + PSDB e a dominar pelo medo.
Vivenciando cenas como esta de hoje, a gente tem uma pequena amostra da intolerância, da falta respeito a opção partidária dos outros, da turma de Serra.
Não estávamos andando por uma rua particular de serristas. Estávamos andando em uma avenida pública, em uma cidade administrada pelo meu partido. Ou seja, não somos subversivos, não somos marginais, somos cidadãos trabalhadores, que pagam impostos e que têm todo o direito de expressar sua opção política, sobretudo, silenciosamente, como era o nosso caso. Pelo menos o deputado conseguiu afastar de nosso carro aquela turma raivosa. Vocês não têm noção do nível de agressividade com que se dirigiam a gente. Até pareciam essas coisas que a gente ouve contar de torcidas organizadas que agridem ônibus que passam por eles com torcedores de outros times.
Mais adiante, encontramos a nossa turma, animada, colorida, distribuindo panfletos e adesivos, cheios de alegria, sem medo de ser feliz. Recarregamos as baterias.
Ufa! Sobrevivemos sem nenhum arranhão. Que sorte! Confesso que fiquei muito assustada. É esse tipo de adversário que iremos enfrentar até o final da campanha? Será que todas as vezes que passarmos com nossas bandeiras em um local onde estejam os serristas vamos ser agredidos?
Aqui fica uma pergunta ao candidato Serra : são esses os homens do bem que estão ao seu lado? Porque se for, estás bem mal acompanhado heim cara?

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